segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Magia

Magia mesmo, acontece assim: você está em casa, lembra de uma pessoa querida, liga pra ela e pergunta se ela quer vir almoçar agora com você. Ela vem e tráz peras e damascos secos de presente, que você, sem saber pra que, coloca alguns para hidratar. Bate papo gostoso, almoço delicioso, outro bate papo mais gostoso ainda e o desejo de uma sobremesa. Você pede um minutinho, vai até a geladeira, pega um restinho de brownie e um recheio de coco que sobrou da véspera. Bate as peras com um pouquinho de água de coco. Arruma o purê no centro do prato. Enforma o brownie com o recheio de coco por cima. Desenforma sobre o purê e coloca meio damasco sobre o coco. Pulveriza canela em pó por cima, pica algumas folhinhas de menta e passa um fio de azeite aromatizado com casca de limão.
Volta para a mesa e diz sorrindo já sabendo que só pode estar uma maravilha: abracadabra!!!!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Azeites

Terminei o segundo nível do curso de sommelier de azeites do Senac, que trouxe o Sr. Mauro Martelossi, diretor da International Extravirgin Olive Oil Agency, especialista em controle de qualidade de azeites de oliva. Sua vinda tem como objetivo criar profissionais capazes de identificar o nível de qualidade de um azeite de oliva.
Terrível é descobrir que o perfume que eu pensava ser característica de um bom azeite, nada mais era do que o aroma de um defeito que desqualifica, imediatamente, um azeite extravirgem. Infelizmente, os azeites que nossas mães, avós e bisavós consumiam aqui, no Brasil, eram e são, na sua maioria, de quinta... triste realidade...
Durante o curso, o programa Bom Dia Brasil fez uma reportagem que vocês podem acessar através do link abaixo.
http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2010/11/conheca-os-segredos-da-producao-de-azeite-extravirgem.html

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Impressões

Vocês sabiam que para sentir a harmonia dos sabores num prato, o corpo usa de uma estratégia super interessante? Pois é, cada sabor leva um tempo para ser identificado. Se não fosse assim, seriam percebidos de forma confusa e acabariam como uma só informação. Doce, salgado, ácido, amargo... cada um no seu tempo... reverberando e impressionando...

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Kroks

O sentido da audição também está presente na alimentação. A maioria das pessoas adora um alimento crocante. Um bom exemplo disso são os biscoitos que conseguem reunir sons, texturas, sabores, e cores surpreendentes. Todos os dias procuro uma maneira harmoniosa de reunir esses estimulos em um só produto. Tenho feito muita coisa gostosa, mas ainda não cheguei onde pode chegar.

domingo, 14 de novembro de 2010

Brócolis

Gosto de fazer um creme com raízes, colocar num prato de sopa e adicionar uma salada por cima. A batata baroa é perfeita para isso. Seu sabor é muito delicado e se basta para acompanhar qualquer folhagem. Costumo batê-la no liquidificador com um pingo de sal e um pedacinho de alho-poró. Quando quero que ela fique um pouco mais cremosa, bato junto uma fatia de inhame. Esta salada de rúcula da foto com tomate e flores de brócolis temperei apenas com limão, sal e um bom azeite extra-virgem. O conjunto fica uma delícia!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Azeites

Gosto de passar o tempo tentando aprofundar minha capacidade de observar as coisas. Quando fui convidada a fazer o curso de sommelier de azeites do Senac, fiquei feliz com a possibilidade de melhorar minhas percepções para este ingrediente tão cheio de histórias.
Durante toda minha infância, minha mãe, que é uma excelente cozinheira, dizia: "nada como um bom azeite para finalizar um prato..." e usava um azeite portugues, muito mais caro do que as outras ofertas que estavam nas prateleiras do supermercado.
Descobri, logo no início do curso, que o aroma que eu aprendi a valorizar era, nada mais nada menos que um belo defeito.
O que é um bom azeite? Pensei que soubesse...
Descobri um universo muito mais complexo do que imaginava. E difícil! Se fosse um curso para sommelier de goiabadas, tiraria de letra. Afinal, passei minha infância subindo em goiabeiras, envolvida por aqueles aromas, sabores, cores, texturas, sentimento, pensamentos, amores,...Mas, a primeira oliveira que vi foi um bonsai que comprei quando tinha uns quarenta anos... Nunca senti o cheiro de uma azeitona verde e fresca, nunca passeei por cima delas quando maduras e fermentadas no chão de um oliveiral, nunca vi uma colheita...Bem, já deu para sentir que, para mim, brasileira sem a menor cultura "azeitonística", vou ter que me desdobrar para saber o que é um azeite de qualidade.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Bananas

Voltei a me deliciar com as bananas. Sou louca por elas! Minha primeira lingua foi o ingles e quando cheguei ao Brasil, ainda bem miúda, fiquei muda até aprender a falar português. Segundo minha mãe, a única coisa que eu dizia era: eu quero uma banana...
Esse creme de banana da terra bem madura e batida com castanhas do Pará hidratadas é meu coringa para a hora que bate forte a vontade por um doce. Se ainda vem com calda de cacau e amêndoas, vira um luxo só!

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Cogumelos

No meu tempo de escola, os cogumelos pertenciam ao Reino Vegetal. Hoje, pertencem ao Reino Fungi por possuirem algumas diferenças essenciais. São evitados pela maioria dos krudívoros no Brasil. Os europeus e americanos os utilizam com frequência. Na verdade, esses povos fazem uso deste alimento há séculos. Na china, não só os utlizam em sua culinária cotidiana, como também os usam como mendicamentos para várias doenças.
Na verdade, eles estão presentes na minha alimentação, diáriamente, através do shoyo e do misso em suas fermentações.
Desde que os experimentei crus em NY e os adorei, resolvi pesquisar seus impulsos no meu corpo. Faz uma semana que como o cogumelo shitake todos os dias e de várias maneiras. Até agora, tudo bem...rsrsrs